A Astrologia (Cont.)

Humanista é toda a Astrologia que dispõe o Homem no âmago da conexão das forças cósmicas. Revela-lhe o seu propósito de vida, o seu destino. Por ela descobre-se cooperante na trama evolutiva da inter-relação das energias.

A Astrologia Humanista oferece ao Ser orientações maiores que dinamicamente o integram nos extensos ciclos do Sistema Solar. Assim, pela consciência das suas analogias planetárias entre a Terra e o Sol, qualquer Ser pode assumir competências próprias e defrontar-se com objecções redutoras da sua liberdade. Liberdade que sintoniza, ao fluir no sentido do movimento certo, pela resolução inteligente de tensões diárias, presentes no tema natal. Quando consciente da sua micro-escala evolutiva, cada indivíduo, sistema entre sistemas, reconhece-se síncrono com a macro-expansão do Universo. Esta é a tónica Transpessoal, sublime e omnipresente na linguagem dos astros.

A Astrologia Transpessoal é uma visão do Cosmos centralizadora. Encaminha, por toda uma conjuntura de referências, um lento e doloroso processo de auto-iniciação e transcendência. Transpessoal ainda, é a atitude em que o Ser, ciente da sua íntima e última medida, fiel à sua mais antiga memória, se dimensiona à escala de uma Ordem Maior. Além das delimitações do instinto e dos condicionalismos reducionistas da razão analítica, pacificado com a sua própria morte, apaziguado, pode então intuir uma visão holística, totalizante, integradora, em que o Eu se delineia e estende, na vibração oceânica das imensas emoções de Unidade.

A Astrologia revela uma linguagem simbólica divina, reflexo da inteligência e ordem do Universo, que nos permite aceder ao nosso desígnio de vida e dar um maior significado a cada momento e experiência de vida.

A linguagem que lhe está subjacente activa o exercício pleno da mente racional e concreta (hemisfério esquerdo do cérebro); da mesma forma, desperta o conhecimento velado no hemisfério direito do cérebro, que contém as nossas reminiscências, símbolos, arquétipos e vibrações, e em última instância, o nosso poder de síntese e de compreensão da abstracção deste Universo.

As formas simbólicas ou emblemáticas existem para nos proverem uma passagem, uma travessia entre dois mundos tangíveis, mas distantes, e constituem meios eficientes, mas misteriosos, de reconhecimento de padrões inconscientes.

A Astrologia (Cont.)

Uma decifração para o entendimento da Astrologia está ao alcance de todos os que deveras entendem a definição das seguintes afirmações:
  1. Os Elementos são a substância energética da experiência.
  1. Os Signos são os padrões de energia básicos e indicam qualidades específicas da experiência.
  1. Os Planetas regulam o fluxo energético e representam as dimensões da experiência.
  1. As Casas representam as áreas da experiência onde as energias se manifestam.
  1. Os Aspectos revelam o dinamismo e a intensidade da experiência e também o modo como as energias interagem dentro do indivíduo.
Estes cinco agentes contêm uma psicologia cósmica abrangente, e é a arte de os combinar que decorre na linguagem de energia apelidada de Astrologia.
Estes agentes são combinados do seguinte modo:
  • Uma determinada dimensão da experiência (indicada por determinado planeta) estará constantemente animada pela qualidade do signo onde está colocada no mapa astral. Esta combinação resulta numa força específica de auto-expressão e na definição duma estabelecida necessidade de realização. O indivíduo confrontará essa dimensão da vida duma forma imediata no campo de experiências indicado pela posição da casa do planeta. E, ainda que o impulso para a manifestação ou realização daquela dimensão da experiência esteja presente em todos os que tenham uma certa combinação de signo/planeta, os aspectos específicos daquele planeta revelam quão fácil e harmoniosamente pode a pessoa expressar aquele impulso ou satisfazer aquela necessidade.
A Astrologia é o conjunto das afinidades que, pelas leis da analogia, ligam o infinitamente grande e o infinitamente pequeno ao Cosmos. É uma arte de interpretação da vida, que nos fornece uma técnica para o desenvolvimento e realização da “personalidade”. O seu intuito é transformar a natureza humana num microcosmos, através de uma alquimia da personalidade. É transformar o caos em cosmos (ordem), a natureza humana colectiva em personalidade individual e criativa.

A Astrologia (Cont.)

A abordagem holística expõe que o universo inteiro é um sistema integral e que no interior do grande “todo” há todos menores, cujas estruturas, padrões e funções correspondem àquelas do “todo” maior. O átomo é um microcosmo do macrocósmico sistema solar. Esse mesmo conceito foi chamado de “princípio de correspondências”. O importante acerca dessa abordagem é que através da observação dos ciclos e das configurações no “todo” maior (os planetas) podemos compreender os ciclos e configurações presentes no homem. Carl G. Jung dá a esta lei de correspondências o nome de “sincronicidade”, um princípio de ligação a-casual; e, com referência à Astrologia, ele, aponta que algo que é feito ou que nasce num determinado momento no tempo traz inevitavelmente as qualidades desse momento. Esta lei de sincronicidade revela por que razão o mapa natal é calculado para o momento da primeira respiração do indivíduo, pois esse, é o momento em que o recém-nascido inicia o seu ritmo individual, em sintonia com o “todo” maior que o rodeia.

A abordagem energética lida com as energias essenciais (signos) e com os padrões de energia (planetas) que actuam nos indivíduos. O enfoque astrológico em termos de energia é, em síntese, um enfoque holístico, pois agrega simultaneamente todas as dimensões da vida do homem. A Astrologia indica que certas energias específicas e certos padrões de energia são determinados no momento do nascimento e continuam a operar dentro e através da pessoa durante o curso da sua vida.

Os quatro elementos da Astrologia (fogo, terra, ar e água) são os princípios fundamentais para a configuração de todas as estruturas materiais e orgânicas. Cada elemento representa um tipo essencial de energia e consciência, actuando em cada um de nós. Cada um dos elementos manifesta-se em três modalidades vibratórias: cardeal (cardinal), fixa e mutável. Assim, quando sincronizamos os quatro elementos com as três modalidades, obtemos os doze padrões principais de energia, que são chamados de signos zodiacais.

A Astrologia

A Astrologia, como o próprio nome indica é o estudo ou conhecimento dos astros e dos seus ciclos em relação às etapas da vida, e da explicação do significado desses ciclos com referência às oportunidades de desenvolvimento nos seres humanos. O seu propósito fundamental é determinar a presença de padrões regulares na sucessão de eventos que constituem a experiência interna e externa do ser. Ela aplica o conhecimento desses padrões a fim de orientar e dar significado a essas experiências. Conforme o ser vai atribuindo sentido às suas experiências, relacionando-as aos ciclos do seu “eu” individual ou da humanidade em geral, ele incrementa uma postura consciente, sensata e abrangente em relação à vida. Ele obtém sabedoria à medida que aprende a gerir a origem, o aperfeiçoamento e a repetição periódica das suas experiências.

A Astrologia opera através de várias abordagens. Assim, temos a abordagem Causal, também chamada de “Regulação Cósmica”, referindo-se aos campos electromagnéticos que se alteram constantemente, conforme se modificam as posições dos planetas. Tendo em conta que o sistema nervoso é sensível às mudanças de ambiente e que a cavidade entre a terra e a ionosfera é considerada como um sistema ressonante, sendo a frequência de ressonância aproximadamente igual ao ritmo alfa do cérebro humano, sugere-se que o campo geomagnético (através da alteração de posição dos planetas) poderá prover o delicado mecanismo de sintonização para esta frequência, estimulando assim mudanças de comportamento, tanto no ser humano, como no próprio planeta.

Uma outra abordagem é a Simbólica, que representa padrões, princípios e forças universais e que sugere que os planetas e os signos são símbolos de processos cósmicos. Símbolos são “realidades vivas” que não podem ser expressas de outra maneira. A abordagem simbólica da Astrologia só pode ser completa e benéfica se inserida numa estrutura de abordagem holística da totalidade da vida.
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A Era de Aquário



Estamos na aurora da Era de Aquário e a expressão electrizante da sua energia faz-se sentir no aceleramento científico e tecnológico que surge, cada vez mais, no quotidiano. Urano é o planeta que rege o signo de Aquário e a sua influência faz-se sentir essencialmente nas grandes revoluções que se têm dado nos últimos anos em termos técnicos, científicos e mentais.

Os computadores, a internet, os telemóveis, a descoberta e conquista do espaço sideral através de telescópios extremamente potentes, a física quântica, etc, – é a ciência ao serviço da Humanidade suplantando o esforço físico do homem e sobrepondo-se ao plano metafísico e ontológico do ser. Ao mesmo tempo, o Ser humano desperta para a percepção de unidade, de que estamos ligados a uma mente cósmica e universal através do campo morfogenético, onde temos acesso ao pensamento colectivo, aumentando assim, a importância dos assuntos ligados com o colectivo e com o planeta Terra, na sua trajectória pessoal. A luta colectiva pelos Direitos Humanos, a visão da Globalização, a Parapsicologia, a Telepatia, a Astrologia, etc. As Terapias Alternativas, como a Ayurveda, a Yoga, a Meditação, a Acupunctura, os Florais, a Radiestesia, a Cura Prânica, o Reiki, etc, começam agora a ter um papel decisivo no processo de cura do ser humano e a serem aceites e reconhecidas.

O progresso, principal promessa da Era de Aquário, tanto nos pode levar a uma separação do nosso lado intuitivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoado que nos leve a sanar os problemas que até agora criámos com o uso dele. A globalização tanto pode originar uma fusão mental interplanetária, como pode destruir as identidades pessoais, tribais e nacionais, não deixando espaço para a expressão individual (Leão), submergindo a vontade pessoal sob a custódia de uma tecnologia que cria e mantém o quotidiano.

Esta será a Era da tolerância, do respeito pela liberdade e criatividade de cada um, da disponibilidade e da qualidade de vida. As coincidências significativas estendem-se a todos os domínios, indicando que vivemos num mundo de sincronicidades. Surgem os primeiros indícios de uma Fé fundada na capacidade de que a psique tem o poder de transformar o Homem, revelando-o na sua ligação com o Plano da Alma e da Evolução. As crianças são fruto da evolução da humanidade, por isso o Universo está a brindar-nos com seres, cada vez mais especiais: as Crianças Índigo e Cristal. Crianças que, dependendo da sua educação, vêm dotadas de poderes para curar ou destruir o planeta.

A Era de Peixes


As Eras são períodos definidos de Tempo, que duram aproximadamente 2160 anos, e que se dimensionam através do deslocamento das Constelações em relação ao Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte.

O período de transição entre duas Eras é marcado por manifestações do melhor e do pior de cada Signo. A Era de Peixes que agora finda trouxe ao ser humano a sensibilidade e a inspiração mais pura e profunda, a que se pode chegar através da espiritualidade. Ela teve inicío com o nascimento de Jesus Cristo, e com ela surgiu a necessidade de redenção, de salvação, de superação da matéria e devoção a um ideal. Foi marcada pela procura incessante do Santo Graal, do estado de graça em todas as religiões, pelo exarcebamento da Arte e da Música, mas foi também uma Era de ilusões, de sublimações não alcançadas que se expressaram pelas Cruzadas religiosas, a Idade Média, a Santa Inquisição, o Holocausto Judeu, e também pelo embotamento do espírito através do alcóol e das drogas.

O signo de Virgem, que se opõe a Peixes, também se manifesta nesta Era, através do desenvolvimento da ciência, mas também do racionalismo excessivo, do cepticismo e do descartar de tudo o que não pudesse ser classificado cientificamente. Foi a partir do séc. XIX que o perfeccionismo Virginiano assumiu a supremacia, dando início ao predomínio da razão e fragmentação do Ser, que resultou no surgimento em massa de doenças emocionais decorrentes da falta de conexão com a Divindade interior.